Ancestralidade comum universal: A evidência está nas proteínas [Tradução]
Embora, do ponto de vista qualitativo, as evidências de ancestralidade comum universal sejam consideradas esmagadoras pela comunidade científica, até muito pouco tempo não havia sido realizado nenhum teste quantitativo formal que avaliasse outras possibilidades,além da ancestralidade comum universal, para explicar o padrão de similaridades moleculares entre todos os organismos vivos conhecidos. Entre as hipóteses rivais estariam as que postulam múltiplas origens e que implicam, portanto, que as semelhanças seriam devidas da convergência evolutiva, isto é, teriam surgido como resultado de demandas ecológico-funcionais semelhantes que teriam feito linhagens independentemente evoluírem biomoléculas com sequências muito parecidas por meio da seleção natural, apenas por que as funções que elas desempenhariam seriam muito semelhantes e essenciais. Embora esta possibilidade possa soar menos parcimoniosa e existam muitos argumentos qualitativos que reforcem esta ideia, não estava claro se ela não poderia realmente explicar melhor os dados biomoleculares, especialmente levando-se em conta os modernos modelos de evolução de sequências de biomoléculas.
O bioquímico, especializado em bioinformática estrutural e evolução molecular, Douglas L. Theobald - que já havia escrito um excelente compendio de evidências em apoio aevolução (o famoso, “ 29+ Evidences for Macroevolution: The Scientific Case for Common Descent”) - tomou para si esta tarefa e, usando diversos modelos de evolução de biosequências e métodos estatísticos de escolha e seleção entre modelos (veja o verbete ‘…