BREVE (Estratégias reprodutivas robóticas)
Artigo de The Economist na Carta Capital deste último final de semana intitulado "Robocópula" relata
experimentos fascinantes com robôs e programas computacionais com a finalidade de pesquisar a evolução de estratégias múltiplas de reprodução, ou polimorfismo reprodutivo em populações de uma mesma espécie. No caso dos robôs, trocando informação na forma de radiação infravermelha simulando permuta de genes quando ficam frente a frente a uma distância de 30 cm um do outro.
No computador, uma população virtual e ¨fontes de energia¨ (alimentos) foram introduzidas através de uma programação adequada em que obriga-se os ¨indivíduos¨ a interagirem uns com os outros e a procurarem alimentação nas fontes. Após 1000 gerações (!!) com o programa rodando durante uma semana a população estabilizou em 25% de ¨caçadores¨ (aqueles que passam a maior parte do tempo procurando alimentos) e 75% de ¨rastreadores¨ (aqueles que ignoram seus estoques de energia e passam a maior parte do tempo ¨copulando¨). Este é uma resultado decididamente sensacional pois indica que os ¨rastreadores¨ conseguiram, em média, produzir um número bem maior de descendentes do que os seus competidores ¨caçadores¨ ao longo do tempo.
Esses experimentos foram efetuados por um pesquisador na Unidade de Computação Neural, Stefan Elfwin, do instituto de ciência tecnologia de Okinawa, no Japão, sob a supervisão de Kenji Doya. O trabalho foi publicado da revista científica PloS ONE.
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Para saber mais:
Elfwing S, Doya K (2014) Emergence of Polymorphic Mating Strategies in Robot Colonies. PLoS ONE 9(4): e93622. doi:10.1371/journal.pone.0093622
Crédito das Figuras: