Saturday October 13, 2012
Anonymous: Ouvi dizer que o sol está encolhendo. Se ele está encolhendo, quer dizer que, se levarmos em consideração os bilhões de anos que a Terra tem, na época do surgimento da vida, o sol estaria tão "grande" que aniquilaria as chances de vida. Como explicar isso?
Infelizmente sua pergunta versa mais sobre astronomia e astrofísica (e não evolução biológica) que não são nossas áreas de foco e especialidade, mas esta alegação me parece apenas um mito criacionista, embora hajam flutuações de tamanho do sol e é possível que realmente hajam certas tendências de longo prazo, elas não são necessariamente na direção que esta alegação sugere.
Talvez a confusão venha do fato de que, na medida que o Sol consome seu combustível (H, He) em reações de fusão termonuclear, o seu núcleo se contrai, o que aumenta sua temperatura e acaba por empurrar sua camada externa mais para fora, aumentando seu diâmetro total, portanto, ocorrendo oposto do que você menciona [A, B, C]. Isso tem como consequência o fato do sol ter sido menos quente e brilhante no começo da história de nosso sistema solar e conseqüentemente tenderá a ser maior, mais brilhante e mais quente no futuro, devendo terminar sua vida como uma ’gigante vermelha’ expandindo ainda mais sua camada externa e englobando vários dos planetas mais próximos. Porém antes disso, muitos cientistas acreditam que em em cerca de 1 bilhão de anos ele estará tão quente e brilhante que a vida na superfície da terra não terá como se sustentar, especialmente por causa de sues efeitos sobre o CO2 atmosférico inviabilizando a fotossíntese em larga escala.
Sinto muito, mas como havia dito, esta não é nossa área de foco e não posso lhe ajudar mais do que isso. Experimente procurar sobre este tema em sites de astronomia e astrofísica.
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Literatura Recomendada:
Caldeira K, Kasting JF. The life span of the biosphere revisited. Nature. 1992 Dec 24-31;360(6406):721-3. PubMed PMID: 11536510.
Lenton, T. M. and W. von Bloh (2001), Biotic feedback extends the life span of the biosphere, Geophys. Res. Lett., 28(9), 1715–1718, doi:10.1029/2000GL012198.
Grande abraço,
Rodrigo